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sábado, 9 de maio de 2020

A VISÃO MÃEMUNDO 2020

MãeMundo é uma sociedade na qual a mãe e os valores maternais de amor, atenção e apoio mútuos e para com a Mãe Terra e todas as Suas criaturas e a natureza são colocados no centro das nossas vidas e comunidades.


MãeMundo é a sociedade na qual os valores criativos e de afirmação da vida, acções, ideias e conhecimento são honrados e incentivados em mulheres, homens, crianças e em todos os géneros. É uma sociedade que se baseia no facto de que todas e todos vivemos na nossa Mãe Terra. Ela é nossa Grande Mãe, a Fonte e o Fundamento de tudo o que somos e de tudo o que temos. Somos as Suas criaturas. Precisamos cuidar da nossa mãe, de todas as pessoas e de toda a vida.

As Mães humanas dão vida e amor aos seus bebés. As mães carregam uma nova vida no seu ventre, geralmente por nove meses, e dão à luz filhos e filhas, que dependem delas por muitos anos. As mães são as principais cuidadoras do mundo, nutrem e criam a sua progenitura. Elas não fazem isso sozinhas, mas com o apoio amoroso dos pais, da família e da sociedade em geral. Essas crianças são o futuro da nossa espécie humana, do nosso mundo. Se não cuidarmos e apoiarmos as mães, essa falta de apoio prejudicará a sua capacidade de oferecerem incondicionalmente amor e carinho às suas filhas e filhos. Por sua vez, as crianças tornam-se pessoas adultas debilitadas, e assim os ciclos de danos continuam. As nossas famílias e sociedades precisam honrar e cuidar de todas as mães.

Esta visão MãeMundo exige uma “sea-change” (termo usado por Shakespeare em “A Tempestade”), uma mudança radical, uma alteração na forma como vivemos sobre a Mãe Terra e na maneira como criamos e projectamos as nossas sociedades para o futuro. Ela incentiva todos os indivíduos e comunidades a reconhecerem e a honrarem as Mães e todas as Mulheres, os nossos pensamentos e sentimentos, os nossos corpos, as nossas experiências, nossas vozes e os nossos valores de mulheres. Esta visão pede que todos e todas nós nos abramos ao Feminino Profundo nas nossas vidas pessoais e colectivas.

Valores fundamentais na nova MãeMundo:

Honrar a Mãe Terra como o ser vivo que é. Proteger e cuidar da Terra, da Água, do Fogo, do Ar e do Espaço, e de todos os seres que vivem no Seu mundo. Honrar todas as formas de ser mãe, bem como os pais, honrar todas e todos os cuidadores, celebrar, apoiar e nutrir crianças e jovens. Amor pelos e pelas nossas semelhantes, bondade, apoio, respeito, cuidado e compaixão.

Valores sugeridos para a nova MãeMundo incluem:

Honestidade, integridade pessoal, autenticidade, capacidade de se relacionar com as outras pessoas à sua volta, diversidade, direito à escolha, discernimento, inclusão, confiança, beleza, expressão emocional, escuta, limites claros, reflexão, desenvolvimento da alma, empoderamento, cura da Sombra, compaixão, felicidade, busca da sabedoria, incentivo ao auto-respeito, auto-responsabilidade, auto-estima, autoconfiança, autodisciplina, auto-reflexão; oração, cerimónia, serviço, conexão, parceria, generosidade, partilha da riqueza, capacidade de dar e receber, humor, criatividade, educação para todas as pessoas, resolução não violenta de conflitos, cuidado e protecção da Mãe Natureza e de todos os seres vivos, produção ética de bens e de serviços, protecção das pessoas mais vulneráveis e valorização da Sabedoria das Anciãs e Anciãos e da nossa ancestralidade.
MãeMundo é a sociedade onde as estruturas patriarcais e os valores de dominação, abuso de poder, controlo e coerção, ganância, lucro excessivo, competição destrutiva, violência, estupro, guerra, escravidão, sofrimento, fome, pobreza e poluição da Mãe Terra e de sua atmosfera, são reconhecidos como expressões sombrias da humanidade, que precisam ser desafiadas, desconstruídas, transformadas e curadas. No MãeMundo, práticas de cura para indivíduos, comunidades e para a própria Terra são incentivadas e prontamente disponibilizadas para todas as pessoas.

Na MãeMundo, reconhecemos que todos nós, seres humanos, carregamos feridas do nosso condicionamento patriarcal - padrões emocionais e mentais que podem ser activados quando tentamos mudar o nosso mundo. Dentro da nossa comunidade, estamos particularmente conscientes do nosso material psíquico mais sombrio, que inclui inveja, ciúme, julgamento, competição, sabotagem, punição, culpa, intriga, ressentimento, acusação e humilhação, projecção de emoções negativas, raiva, ira, medo, solidão, sensação de abandono, falta de amor próprio, de auto-estima e de autoconfiança, como resultado das nossas experiências culturais e cármicas individuais.

Na MãeMundo, um dos nossos primeiros cuidados é o amor e apoio mútuos, assumindo a responsabilidade pelas nossas emoções sombrias reprimidas e muitas vezes hostis. Essas sombras podem minar todos os nossos melhores esforços para mudarmos a nossa forma de agir nos nossos relacionamentos pessoais e sociais, nas nossas vidas como pessoas que amam a Deusa e vivem num mundo patriarcal, o que tantas vezes nos impede de experimentar o nosso verdadeiro poder. Aqui temos vindo a desenvolver habilidades e técnicas de expressão emocional, que nos ajudam a realmente ouvir cada pessoa e a oferecer reflexão e apoio quando necessário, para que possamos curar essas feridas. Esse trabalho pessoal de cura precisa e pode ser acelerado neste momento com a ajuda da comunidade MãeMundo, que nos mantém em segurança compassiva, enquanto trabalhamos para curar as nossas feridas.

O nome MãeMundo teve origem no romance de Barbara Walker “Amazon”, onde a autora descreve uma antiga sociedade matriarcal fictícia que vive em comunhão com a Terra. A nossa visão, entretanto, não é um retorno a uma sociedade assim, mas um movimento de avanço para um novo tipo de comunidade centrada na vida das mães, onde todas as pessoas são valorizadas, apoiadas e apreciadas, e onde podemos experimentar juntas novas ideias e formas de viver. A visão MãeMundo evoca um mundo amoroso, onde reconhecemos que somos mantidas e mantidos em segurança no abraço da Grande Mãe.


O Apelo MãeMundo

• Apelamos ao empoderamento de mulheres e de homens de todas as idades.
• Apelamos ao pagamento pelos governos e sociedades de um bom salário a todas as mães e cuidadoras e cuidadores de crianças, dependentes, jovens ou adultos, idosas e idosos, e outras pessoas enfermas ou incapacitadas.
• Apelamos à paz no nosso mundo.
• Apelamos ao fim da ameaça e da agressão pelo poder-sobre em todas as suas formas.
• Apelamos ao fim de toda a violência - violência contra mulheres e meninas, meninos e homens, incluindo agressão, estupro, mutilação genital, circuncisão, escravidão, tráfico de pessoas, tortura, assassinato e guerra.
• Apelamos ao fim do comércio de armas e da propriedade pessoal e social de armas perigosas.
• Apelamos ao fim da fome, da pobreza, da falta de habitação e da apropriação dos recursos da terra por poucas pessoas à custa do esforço de muitas.
• Apelamos ao fim de todo o sacrifício humano e animal para fins religiosos, políticos ou sociais.
• Apelamos ao fim de todas as formas de crueldade humana e animal.
• Apelamos ao fim de todas as desigualdades baseadas em género, raça, orientação sexual, deficiência e idade.
Chegou a hora destas mudanças ocorrerem.

A Visão MãeMundo foi recebida pela primeira vez em 2012 pela Sacerdotisa de Avalon, Kathy Jones, e foi desenvolvida, ampliada e refinada pela comunidade da Deusa do Templo da Deusa de Glastonbury. Esta Visão é continuamente inspirada pela Senhora de Avalon, Grande Deusa do Amor, Compaixão, Cura e Transformação da Ilha Sagrada de Avalon, Lugar de Maçãs. Esta visão também está sendo recebida por outras pessoas em diferentes comunidades e lugares do mundo e de diferentes formas.

A Visão MãeMundo é inclusiva e sem fronteiras. Ela suporta todas as pessoas - mulheres, crianças, homens e todos os géneros, em todos os lugares, que estão se esforçando para trazer de volta os valores da Deusa e do Feminino para as nossas vidas e sociedades, mudando o nosso mundo para melhor. A MãeMundo favorece a diversidade de expressões, pois a Mãe ama todas Suas filhas e filhos com os seus diferentes caracteres e modos de expressão.

Em agosto de 2019, foi criado o Partido Político MotherWorld, no Reino Unido, e Sue Quatermass foi a primeira candidata do MotherWorld a participar das Eleições Gerais no nosso país. Esperamos que haja mais candidaturas pelo partido MotherWorld nas eleições do Reino Unido e mais partidos MotherWorld/MãeMundo em outros países.

Desde 2012, esta Visão é apoiada por centenas de pessoas que assinaram o seu compromisso com a MotherWorld/MãeMundo on-line e por correio. Todas as pessoas que concordam com esta visão são convidadas a assumir o seu compromisso pessoal na página do Facebook MotherWorld e a começar a criar a Motherworld/MãeMundo nas suas próprias comunidades.

As comunidades e redes da MotherWorld/MãeMundo podem ser formadas por qualquer grupo de pessoas que concorda com os seus valores e princípios. Pedimos que todas as pessoas que assumem o compromisso com a MotherWorld/MãeMundo se conectem e permaneçam conectadas, criando uma rede mundial de amor e apoio aos nossos valores e acções criativas.

Compromisso com a visão MotherWorld/MãeMundo

A seguir, são sugeridos compromissos a serem assumidos por todas as pessoas que desejam co-criar a MãeMundo:
Comprometo-me a amar e apoiar a visão, as pessoas e os valores da MotherWorld, conforme descrito. A minha intenção é ajudar a trazer a MãeMundo à existência nos meus pensamentos, palavras e acções no mundo. Apoio a visão MãeMundo. Comprometo-me a assumir a responsabilidade pelos meus próprios ferimentos emocionais e mentais e pela sua cura.

Poderá registar o seu próprio compromisso com a MotherWorld/MãeMundo enviando esta declaração para o Templo da Deusa de Glastonbury, 2-4 High Street, Glastonbury BA6 9DU, Reino Unido, ou assinando on-line em www.goddesstemple.co.uk ou na página do Facebook da MotherWorld.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

CONFERÊNCIA DA DEUSA – GLASTONBURY 2013

Deep into the Earth we go
Deep into de Earth we know... (canção de Sally la Diosa Pullinger)

A Terra, a Mãe Terra, foi o tema deste ano, direção Oeste

Por momentos mal se cabia no Town Hall, espaço público disponibilizado todos os anos para este evento que já vai na 18.ª edição. A representante do poder local, na sessão de abertura, salientou o papel e a responsabilidade das mulheres na mudança de paradigma no sentido de criarmos sociedades mais equilibradas, justas, muito mais pró-vida do que as que temos na atualidade.

A Visão MãeMundo

Para inundarmos o mundo com os valores da Mãe, os valores Matriarcais, foi finalmente apresentada ao grande público a visão de Kathy Jones, apoiada pela comunidade de sacerdotisas e sacerdotes de Avalon e de outras pessoas que se identificam com o Movimento da Deusa. Para melhor compreender esta visão, sugiro que consulte: em inglês  e na tradução portuguesa.

Curar a Sombra

Para trazer este mundo ao plano físico, torna-se imperioso para nós mulheres enfrentarmos e curarmos os nossos aspetos Sombra, que tantas e tantas vezes nos voltam umas contra as outras, sabotando todo o trabalho que possamos fazer em conjunto. A nossa divisão, interna e que depois se reflete para o exterior, a nossa profunda insegurança cientificamente desenhada para nos manter no estado de colonizadas, de escravatura mais ou menos disfarçada, em que nos encontramos, acabam por nos tornar cúmplices do sistema patriarcal que sem a nossa energia, aliás, não tem como sobreviver…

Na apresentação da sua visão, Kathy Jones enfatizou este aspeto e durante a própria Conferência tivemos ocasião de com humildade visitar ou revisitar os nossos aspetos mais densos e mais difíceis e de publicamente os admitir (dentro do nosso círculo de trabalho), o que já significa curá-los…

Entretanto, tal como aconteceu com o resto d@s participantes que encheram por completo o Tawn Hall na cerimónia de sexta-feira à noite, houve um comprometimento perante a Deusa de dedicação plena a esta via revolucionária no verdadeiro sentido do termo porque se trata de substituir os valores patriarcais vigentes que nos conduzem à destruição pelos valores matriarcais que agem no sentido da Vida.

A Via da Deusa é uma Via Revolucionária

Sei que o termo assusta, sei que já não podemos lutar contra nada, mas tão-somente, enquanto co-criador@s, ser a mudança que queremos que ocorra no mundo e dar-lhe toda a nossa energia… mas no entanto, tal como frisou Yeshe Rabbit, assumirmo-nos na atualidade, quando os fumos da Inquisição ainda não se esbateram completamente na paisagem, como Sacerdotisas da Deusa, ou aderentes à causa/espiritualidade da Deusa, implica que muitos desafios se podem apresentar, e a Guerreira em nós tem de estar preparada para os enfrentar e seguir adiante com determinação. 

A via da Deusa não é apenas glamour e olhinhos doces, roupas coloridas e magníficos altares; a via da Deusa é essencialmente Serviço. A via da Deusa implica além de outras coisas reflexão e estudo, por muito que nos possa assustar a lista de autor@s cujo trabalho é urgente conhecermos. A via da Deusa implica sairmos do nosso mundinho e ganharmos perspetiva, vermos as coisas dum plano mais e mais elevado; implica uma consciência social, e política no grande sentido da palavra. Implica Reeducação.

Yeshe Rabbit, inspiradora presença americana na conferência de Glastonbury 

I dance at the edge of the world
 Like my Ancestresses before me.
 I am a sacred vessel.
 My blood is indomitable.
 Cradling the Now at my breast.
 Nurturing the future unfolding.
 There is nothing to fear.
 I am a Mother of the New Time.

(Eu danço à beira do Mundo
Como @s ancestrais antes de mim
Sou recipiente sagrado
E o meu sangue é indómito
No meu regaço embalo o agora
Nutrindo o futuro que aí vem
Não existe nada a temer
Eu sou mãe do Novo Tempo)

"Conscious Goddess, a Sustainable Feminist Future of Spirituality"

Tive de novo o grande prazer de participar no workshop desta feminista, tal como já tinha sucedido no ano passado. Yeshe Rabbit é co-fundadora da The Bloodroot Honey Priestess Tribe, uma comunidade matriarcal do norte da Califórnia, e a sua proposta e ensinamentos vão no sentido de nos ajudar a criar núcleos matriarcais à nossa volta que paulatinamente substituam as estruturas patriarcais altamente tóxicas, mas felizmente já muito caducas. Desta comunidade de sacerdotisas saiu um projeto muito semelhante ao de Kathy Jones, Mother of the New Time (http://www.cayacoven.org/motnt/index.html).

Eyshe lembrou-nos da maturidade duma espiritualidade, a da Deusa, que esteve ativa no planeta por cerca de 35 000 anos, enquanto o Cristianismo reina há pouco mais de 2 000. Transposto isto para uma vida humana, temos uma criança de 11 anos e a sua premente necessidade de poder, manipulação e controlo… É sob os ditames deste ser imaturo que temos vivido na maior das inconsciências… Se continuarmos a alimentar as suas “birras”, não restará por fim pedra sobre pedra…  Por isso é tão urgente o BASTA! da Mãe.

More fun, more sex, more chocolate!

Sociedades matriarcais proporcionam-nos “more fun, more sex, more chocolate”… é o lema da bem-humorada sacerdotisa californiana. Lá onde patriarcado é Utilitarismo e Transação, o matriarcado é Criatividade e Processo. Para o utilitarismo patriarcal somos recursos a usar e a deitar fora; apenas em sociedades matriarcais temos hipótese de ser uma Pessoa. O princípio do Prazer em sociedades matriarcais é o que nos salvará da escravatura, resultado da ganância patriarcal, com a sua obsessão pelo Crescimento a qualquer preço.  
Nos matriarcados, o círculo substitui a pirâmide hierárquica. O círculo não exclui, pelo contrário, tal como acontece quando nos reunimos numa roda, ele inclui e cura. É assim que sempre colocamos no seu interior quem mais precisa da nossa atenção, como as crianças ou aquelas pessoas que estão a precisar de cura. @s mais necessitad@s colocamo-l@s no interior do círculo, lá onde se concentra o máximo do poder.

 “The Stones of Wonder, Sacred Drama Performance from the Mithos of Eartha”, escrito por Kathy Jones, com encenação de Katie Player

Precisamos como de pão para a boca de ouvir as histórias daquilo que aconteceu a uma cultura baseada nos valores femininos com a brutal invasão patriarcal. Os atores masculinos contaram mais tarde o quão doloroso foi para eles representar os papéis que Kathy Jones lhes destinou… Mas fizeram-no com entrega, amor e compaixão, compreendendo como é importante revisitar estes episódios para nos curarmos a to@s, homens e mulheres, num mundo completamente desequilibrado como o nosso.

Lembrar o que por vezes algumas de nós parecem esquecer ou de que nunca tiveram realmente muita consciência: a importância de fazermos este trabalho nós mulheres, por nós e para nós. Na presença dos homens, rapidamente alteramos o nosso comportamento e com grande facilidade e inconsciência lhes entregamos o nosso poder. O homem tem sido o grande detentor do poder, ele é visto por muitas de nós como o pai provedor, o líder que nos salvará com o poder da sua palavra e da sua espada... Nos céus, nos últimos milénios, tem reinado em exclusivo uma entidade masculina e nos nossos mitos modernos o seu filho homem é o grande salvador... Dá para perceber o quanto estamos imbuídas de masculinidade? Dá para sentir o desequilíbrio? Só o nosso trabalho conjunto pode criar novos mitos que tragam o equilíbrio e a paz a este mundo, um novo mundo!   


Conclusão

Se tivesse que contar-vos tudo o que me maravilhou nesta conferência, nunca mais acabava e ia enfadar-vos por certo, por isso fico por aqui…

Mas deixem-me só dizer-vos isto: não concebo que nenhum anjo, ET ou mestr@ ascenç@ crie um mundo para nós. Por que tal seria necessário quando somos criador@s tão capazes e talentos@s?!!!

©Luiza Frazão