"Verificamos afinal que "a "misteriosa chegada" dos Celtas ao Ocidente da Europa (...) é substituída pelo panorama de uma mais primitiva diferenciação dos Celtas, enquanto grupo indo-europeu mais ocidental da Europa (1). E que a Europa Ocidental deve ter sido sempre céltica" (...)
A estes testemunhos sobre a celticidade do território português temos agora de acrescentar um dos mais recentes estudos sobre a escrita tartéssica (abrangendo todo o Sul de Portugal e boa parte do Sudoeste de Espanha e datável entre 800-550 a. C.) de John T. Koch (2). Este investigador vem, aliás, ao encontro do já aventado Xaverio Ballester (3), um dos mais famosos defensores do novo paradigma da continuidade paleolítica: o tartéssico (tal como o galaico-lusitano, para Ballester) deverá ser talvez acrescentado à lista das línguas célticas mais primitivas. Também nesta obra de Koch se inclui um texto (4), devidamente fundamentado, a questionar seriamente as teorias tradicionais. Mapas muito elucidativos, inseridos neste artigo, apresentam o que hoje, à luz de novos conhecimentos, se considera ser muito mais provável:
foi no Extremo Ocidental da Europa que se situou o berço dos povos Celtas.
(1) Alinei, M.,
A Teoria da Continuidade Paleolítica das Origens Indo-Europeias: Uma Introdução, Lisboa, Apenas Livros, 2008
(2) Koch, John T.,
Tartessian, Celtic in the South-West at the Dawn of History, Aberystwyth, 2009
(3) Ballester, Xaverio,
Sobre el Origen de las Lenguas Indoeuropeas Prerromanas de la Península Ibérica, www.continuitas.com
(4) O'Donnell, Charles James, Celtic Studies Lectures, 2008
(Was the Atlantic Zone the Celts Homeland? e People called Keltoi, the La Tène Style, and Ancient Celtic Languages: the Threefold Celts in the Light of Geography), in Koch, John T., op. cit, pp. 132 a 142
in
Portugal, Mundo dos Mortos e das Mouras Encantadas, Vol. I, Fernanda Frazão e Gabriela Morais, Apenas Livros, Lisboa, 2009
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