"Apesar da desconstrução do género, iniciada pelas
feministas em meados do século XX, ter tomado proporções absurdas na era
pós-moderna, quando se defende não existirem diferenças essenciais entre homens
e mulheres, um estudo recente sobre a resposta de cada um dos sexos a situações
de stresse acrescentou um dado novo que reforça a prova de que existe mesmo uma base
biológica significativa para essa diferença.
Os resultados deste importante estudo, conduzido na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) pelas doutoras Laura Cousin Klein e Sherlley Taylor 1, produziu evidências de que o mecanismo de luta-fuga descreve apenas a forma como os homens respondem às situações de ameaça. Em tais situações, os seus organismos produzem testosterona, enquanto nas mulheres essa reação é mitigada pela libertação de oxitocina, que em última análise produz um efeito calmante. Apesar das investigadoras descreverem a resposta feminina ao stresse de forma ligeiramente simplista, “tend and befriend” (oferta de proteção e procura de afiliação 2), que se traduz na prática por juntar as crianças e colaborar com as outras mulheres, a sua pesquisa documenta mesmo uma diferença significativa na resposta das mulheres ao stresse em relação à do sexo oposto, que é basicamente de luta-fuga. O curioso é que até aqui esta era a resposta considerada ser a norma para qualquer ser humano na mesma situação de ameaça, porque 90 por cento da pesquisa científica das últimas 4 décadas foi feita em indivíduos do sexo masculino. Esse facto levou a que ninguém até à realização desta investigação tivesse reparado no facto das mulheres responderem ao stresse de forma completamente diferente da dos homens.
Os resultados deste importante estudo, conduzido na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) pelas doutoras Laura Cousin Klein e Sherlley Taylor 1, produziu evidências de que o mecanismo de luta-fuga descreve apenas a forma como os homens respondem às situações de ameaça. Em tais situações, os seus organismos produzem testosterona, enquanto nas mulheres essa reação é mitigada pela libertação de oxitocina, que em última análise produz um efeito calmante. Apesar das investigadoras descreverem a resposta feminina ao stresse de forma ligeiramente simplista, “tend and befriend” (oferta de proteção e procura de afiliação 2), que se traduz na prática por juntar as crianças e colaborar com as outras mulheres, a sua pesquisa documenta mesmo uma diferença significativa na resposta das mulheres ao stresse em relação à do sexo oposto, que é basicamente de luta-fuga. O curioso é que até aqui esta era a resposta considerada ser a norma para qualquer ser humano na mesma situação de ameaça, porque 90 por cento da pesquisa científica das últimas 4 décadas foi feita em indivíduos do sexo masculino. Esse facto levou a que ninguém até à realização desta investigação tivesse reparado no facto das mulheres responderem ao stresse de forma completamente diferente da dos homens.
As conclusões e interpretações destes estudos que foram
publicadas até agora ficaram-se por aqui, mas não precisamos de muito mais para
reconhecermos que esta capacidade biológica especial das mulheres - ficarem
calmas em situações de stresse e agirem com sabedoria e preocupação em relação
às outras pessoas - vai muito para além da simples necessidade de terem amigas: na
verdade o que fortemente se infere disto é que o mundo seria um lugar muito
melhor se fossem as mulheres a governá-lo."
1. S. E.
Taylor, L. C. Klein, B. P. Lewis, T. L. Gruenewald, R. Gurung, and J. A.
Updegraff, “Female Responses to Stress: Tend and Befriend, Not Fight or Flight”,
Psychological Review, 107 (3), 41-42
in The Double Goddess, Vicki Noble
2. Este estudo realizado em Portugal, no âmbito duma tese de
mestrado, chega às mesmas conclusões: http://docplayer.com.br/43817558-Seminario-de-investigacao-em-psicologia-clinica-e-do-aconselhamento-julho-2007-resumo.html
Sem comentários:
Enviar um comentário