Depois deu-se a derrocada do império hitita relatada na
Ilíada e assim se definiu a fronteira da mitologia greco-romana moderna que
afinal os romanos nem reconheciam muito bem mantendo os seus deuses arcaicos indígenas, di indigetes.
No entanto a modernidade descobriu as mitologias nórdicas e
celtas e as suas estranhas semelhanças com as orientais, factos que nem os
autores das teorias do indo-europeu suspeitavam e queriam admitir.
Ora, é obvio que falta um elo perdido entre essas tradições
extremas e ele só poderia ter sido a cultura cretense que depois veio a ser
herdada pelos fenícios. E fica assim explicada a semelhança com a mitologia
maia e a azteca.
Mas pouco ou nada se sabe da mitologia cretense e tudo o que
se diga dela é muito especulativo. No entanto a intriga do Julgamento de Páris,
que precedeu a guerra de Troia, foi e deve ser encarada como um momento
importante na trama histórica, porque ele marca uma luta de poder entre 3
deusas que precede a primeira guerra mundial da história ocidental, que a
partir daí passou a ser de guerras constantes.
Este episódio do Julgamento de Páris deve ser considerado
como o marco do começo do patriarcado no mundo greco-romano, por ser a visão mítica
de um fenómeno político nunca visto: o fim do domínio absoluto da tríade
política das três fases da vida da mulher e que ia da Anatólia à Irlanda nos barcos
da talassocracia cretense.
Assim, é no que resta dos cultos de Hera, Atena e Afrodite que deve ser reconstruida a
tríade matriarcal, realçando o facto da vitória de Afrodite no julgamento de
Páris fazer parte do processo de capitulação do matriarcado em relação ao
patriarcado.
A TRÍADE MATRIARCAL DO JULGAMENTO DE PÁRIS CHEGOU ATÉ À IRLANDA
Confirmando a ideia de que a talassocracia cretense espalhou pelo mundo o mesmo culto da Deusa, este investigador acrescenta:
©Artur Felisberto
A TRÍADE MATRIARCAL DO JULGAMENTO DE PÁRIS CHEGOU ATÉ À IRLANDA
Confirmando a ideia de que a talassocracia cretense espalhou pelo mundo o mesmo culto da Deusa, este investigador acrescenta:
(...)Na tríade Ériu, Banbha e Fódla...é óbvio que Vénus,
sendo Afrodite, era Fódla porque:
Fódla < Folda < Forda < Afroda + Te > Afrodite
Como esta tíade é seguramente a mesma do julgamento de
Páris e já sabemos quem era Afrodite, fica Eridu como só podendo ser Hera. E resta a Banbha ser Atena:
Banbha < Wan-wika < Kian-Kika < Tianita > Anat
> Atena > Diana.
Porque foi a partir desta epifania que eu dei conta de como
tudo o resto estava interligado!
©Artur Felisberto
Imagem: Rubens, O Julgamento de Páris
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