Imagina uma mulher que acredita que é certo e bom ser mulher.
Uma mulher que honra a sua experiência e conta as suas histórias.
Que se recusa a carregar os pecados dos outros no seu corpo e vida.
Imagina uma mulher que confia nela própria e se respeita.
Uma mulher que escuta as suas necessidades e desejos.
Que vai ao seu encontro com ternura e graça.
Imagina uma mulher que reconhece a influência do passado no presente.
Uma mulher que caminhou através do seu passado.
E que o curou no presente.
Imagina uma mulher autora da sua própria vida.
Uma mulher que age, toma iniciativa e se move pelos seus próprios meios.
Que recusa render-se, senão ao seu verdadeiro ser e à sua voz mais sábia.
Imagina uma mulher que nomeia os seus próprios deuses.
Uma mulher que imagina o divino à sua imagem e semelhança.
Que desenha uma espiritualidade pessoal para reger a sua vida diária.
Imagina uma mulher apaixonada pelo seu próprio corpo.
Uma mulher que acredita que o seu corpo lhe basta, tal como é.
Que celebra os seus ritmos e ciclos como um recurso admirável.
Imagina uma mulher que honra o corpo da Deusa no seu corpo em mudança.
Uma mulher que celebra a acumulação dos anos e da sabedoria.
Que recusa usar a sua energia vital para disfarçar as mudanças no seu corpo e na sua vida.
Imagina uma mulher que valoriza as mulheres na sua vida.
Uma mulher que se senta em círculos de mulheres
e que é recordada da verdade sobre si própria quando dela se esquece.
Imagina uma mulher poderosa e segura de si mesma
Uma mulher corajosa que assumiu o seu lugar, por direito ao lado dos homens
Uma mulher sábia cujas crenças se refletem nas suas relações.
Imagina-te a ti mesma como essa Mulher.
© Patricia Lynn Reilly, 1995 (traduzido da versão original Imagine a Woman)
Foto: Susana Guimarães, Conferência da Deusa Portugal 2019, Matridança
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